Para o
sociólogo britânico Thomas Humphrey Marshall: “quando dizemos que um homem
pertence às classes trabalhadores, pensamos no efeito que seu trabalho produz
sobre ele, ao invés do efeito que ele produz em seu trabalho” (MARSHALL, p.
61), pouco mais de meio século depois, a epígrafe ainda é atual.
Do modo de
produção escravocrata e feudal, para o capitalismo que sustentamos hoje,
podemos observar uma breve mudança em algumas definições para cada grupo
específico, remuneração e direitos. Não precisamos ir muito longe para exemplifica-los:
o conceito de trabalho escravo contemporâneo, reforma trabalhista e
terceirização na prestação de serviços, entre outras atrocidades, atingem de modo nefasto o trabalhador brasileiro.
"Temos
dificuldades, temos. Muitas vezes, precisamos equilibrar as contas
públicas. Por isso as reformas e as readequações não podem ficar paralisadas. Já
passamos o teto de gastos, já aprovamos a reforma do ensino médio, que era
fundamental. Temos a readequação trabalhista, que será feita por lei ordinária,
portanto, talvez, com maior facilidade de aprovação e fruto de um acordo
entre empresários, empregadores e empregados”, o ultraje, seguido pela
sequência de falhas cometidas pelo seu governo, anunciado pelo vice-presidente
Michel Temer, elucida tais fatos.
Perante
este cenário, a missão do comunicólogo, e principalmente, do jornalista, é
driblar os empecilhos causados pelas instituições que detém o acesso a notícia.
Direto a informação, clareza nos fatos, conhecimento e prática dos seus
direitos, é imprescindível para o cidadão brasileiro. Aliado a isso, temos que constantemente
ter uma visão atualizada do mundo, sua formação política e sociológica,
respaldado pelo relativismo cultural, desmistificando ideias retrógradas e
consequentemente, desencadeando acontecimentos na sociedade, é observado em
larga escala como êxito na profissão.
Na pós-modernidade,
é fundamental que as relações de trabalho entre empregador e empregado carecem
de uma nova análise da sociedade. Governo e Estado brasileiro tem que
imediatamente se unirem, extinguindo a vertente corrupta que leva consigo desde
a época do Império, para assim, produzir os efeitos do trabalhador no Brasil,
como previsto por Marshall no início: mais do que somente fazer valer os
direitos humanos do cidadão (relativo no mundo contemporâneo), e sim almejar
uma qualidade de vida não mínima ou estável, mas equiparável aos que são a base
e o alicerce para Economia e Política nacional.
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