sábado, 1 de abril de 2017

Reforma trabalhista privatiza direitos ao trabalhador brasileiro

             Para o sociólogo britânico Thomas Humphrey Marshall: “quando dizemos que um homem pertence às classes trabalhadores, pensamos no efeito que seu trabalho produz sobre ele, ao invés do efeito que ele produz em seu trabalho” (MARSHALL, p. 61), pouco mais de meio século depois, a epígrafe ainda é atual.

             Do modo de produção escravocrata e feudal, para o capitalismo que sustentamos hoje, podemos observar uma breve mudança em algumas definições para cada grupo específico, remuneração e direitos. Não precisamos ir muito longe para exemplifica-los: o conceito de trabalho escravo contemporâneo, reforma trabalhista e terceirização na prestação de serviços, entre outras atrocidades, atingem de modo nefasto o trabalhador brasileiro.

             "Temos dificuldades, temos. Muitas vezes, precisamos equilibrar as contas públicas. Por isso as reformas e as readequações não podem ficar paralisadas. Já passamos o teto de gastos, já aprovamos a reforma do ensino médio, que era fundamental. Temos a readequação trabalhista, que será feita por lei ordinária, portanto, talvez, com maior facilidade de aprovação e fruto de um acordo entre empresários, empregadores e empregados”, o ultraje, seguido pela sequência de falhas cometidas pelo seu governo, anunciado pelo vice-presidente Michel Temer, elucida tais fatos.



             Perante este cenário, a missão do comunicólogo, e principalmente, do jornalista, é driblar os empecilhos causados pelas instituições que detém o acesso a notícia. Direto a informação, clareza nos fatos, conhecimento e prática dos seus direitos, é imprescindível para o cidadão brasileiro. Aliado a isso, temos que constantemente ter uma visão atualizada do mundo, sua formação política e sociológica, respaldado pelo relativismo cultural, desmistificando ideias retrógradas e consequentemente, desencadeando acontecimentos na sociedade, é observado em larga escala como êxito na profissão.

             Na pós-modernidade, é fundamental que as relações de trabalho entre empregador e empregado carecem de uma nova análise da sociedade. Governo e Estado brasileiro tem que imediatamente se unirem, extinguindo a vertente corrupta que leva consigo desde a época do Império, para assim, produzir os efeitos do trabalhador no Brasil, como previsto por Marshall no início: mais do que somente fazer valer os direitos humanos do cidadão (relativo no mundo contemporâneo), e sim almejar uma qualidade de vida não mínima ou estável, mas equiparável aos que são a base e o alicerce para Economia e Política nacional.


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