
A narrativa da vida de Sidarta Gautama até sua consagrada "passagem" para o Nirvana passa por inúmeros percalços e aprendizados, encontros e desencontros, decisões difíceis de serem tomadas. Partindo deste ser iluminado (ou melhor, que está numa constante busca por uma certa "iluminação", que nos é ensinada a todo instante) que temos como protagonista, nos deixamos levar através da doutrina e dos ensinamentos budistas.
Regado a estupêndos diálogos filosóficos cheios de subjetividade, onde você se vê obrigado a reler aquela resposta objetiva e carregada de certeza sobre questões difusas sobre Deus, os deuses, a vida, a morte, a espiritualidade, o amor, a alma, o karma, as ações, os sentidos e sentimentos... Acredito que existem livros que caem em nossas mãos na hora certa, é o caso deste, e que merecesse releituras em diferentes momentos da vida, sem duvida.
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Herman Hesse |
Para o jornalista e crítico literário Otto Maria Capeaux, a vida de Hesse "foi um caminho de sucessivas autolibertações, através de revoltas do individualista contra a escola, contra a família, contra o cristianismo, contra o estilo burguês de vida, contra a guerra, contra a Europa e contra todos os tabus que o lar, a sociedade, a religião e o Estado querem impor”.
Na época da públicação do romance filosófico, o escritor norte-americano Henry Miller assim o definiu: “Sidarta é, para mim, um medicamento mais eficiente do que o Novo Testamento”. (crédito das citações)
"Antes de mais nada, aperfeçoava-se na arte de escutar, de prestar atenção, com o coração quieto, com a alma receptiva, aberta, sem paixão, sem desejo, sem preconceito, sem opinião".
""Ama as águas! Não te afaste delas! Aprende o que te ensinam" Ah, sim! Ele queria aprender com elas, queria escutar sua mensagem. Quem entendesse a água e seus arcanos - assim lhe parecia - compreenderia muitas outras coisas ainda, muitos mistérios, todos os mistérios".
"Cada qual é diferente e profere o Om a sua maneira peculiar".
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